O Projeto Protegendo o Futuro apresentado pela Prefeitura de Belford Roxo foi premiado em Brasília, na semana passada, pela Secretaria Nacional de Direitos Humanos, como o melhor projeto: Prêmio Direitos Humanos 2018, com direito a troféu e certificado. Criado em 2017, através da Secretaria Executiva de Direitos Humanos, que anteriormente ara ligada à Secretaria de Assistência Social e Cidadania (Semasc), o plano defendeu a prevenção de desaparecimento de crianças e adolescentes como forma de segurança. A medida teve início nas escolas da rede municipal, oferecendo carteira de identidade com CPF para menores.
Belford Roxo largou na frente com a iniciativa, tornando-se a primeira cidade do país a promover a identificação biométrica em meninos e meninas do município. O mérito foi comemorado por toda equipe da nova Secretaria Municipal de Direitos Humanos. “Concorremos com mais de cinco mil cidades e vencemos como o melhor projeto na categoria de criança e adolescente. Antes tivemos o reconhecimento do Ministério Público e agora da Secretaria Nacional. Estamos muito felizes”, disse a secretária adjunta, Alessandra Batista.
Dados preocuparam
Na época de sua elaboração, dados exibidos pela Coordenadoria do Programa de Localização e Identificação de Desaparecidos do MP (Plid) garantiram que dos 500 menores que desapareciam mensalmente no Estado do Rio de Janeiro, 140 eram do município. “A estatística deixou a então secretária de Assistência Social e Cidadania, Daniela Carneiro, hoje deputada federal eleita, assustada. Ela reuniu a equipe e sugeriu a criação de um projeto imediato que pudesse combater aqueles dados e assim surgiu o projeto”, lembrou Alessandra.
O secretário de Direitos Humanos, Carlos Caneco, disse que o prêmio é um privilégio para a cidade. “O reconhecimento é uma motivação a mais. Vamos continuar empenhados em desenvolver outros projetos interessantes, não só para crianças e adolescentes, pois direitos humanos tem que contemplar todos e assim faremos”, assegurou. Caneco e Alessandra destacaram que o projeto Casa Família, em fase de elaboração, também terá um significado social amplo. Previsto para entrar em ação a partir de 2019, terá um cunho de conciliação com parceria do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ).