A Prefeitura de Belford Roxo, através da Secretaria de Saúde, realizou, na última quinta-feira (21), o 2º Fórum do Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas, na Uniabeu, para estudantes, estagiários, equipe técnica dos Centros de Atenção Psicossocial (Caps) e pacientes. O objetivo da ação foi de promover uma sensibilização e mobilização frente as questões das vulnerabilidades as drogas e as ISTs (Infecções Sexualmente Transmissíveis), com foco para o público adolescente e apresentar o trabalho realizado nos Caps, através de duas palestras. A primeira foi realizada pela Ana Paula Procópio (especialista em rede de Centros de Atenção Psicossocial no Atendimento de dependentes de Álcool e Drogas), que abordou o tema Drogas e Vulnerabilidade; e a outra palestrante foi Zenaide Cadette (coordenadora do Programa IST), com o tema Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) e Transmissão Vertical.
Segundo o diretor geral de Saúde Mental, Paulo Patrocínio, atualmente, cerca de 3.200 pessoas se tratam no município por problemas de álcool e drogas e a maioria vem encaminhada pelos Centros de Referência de Assistência Social (Cras), Centros de Referência Especializado de Assistência Social (Creas), escolas, Conselho Tutelar, Defensoria Pública, Ministério Público e unidades de saúde, apesar de existirem também demandas espontâneas. “Cada indivíduo reage de uma maneira diferente enquanto é submetido ao tratamento, que pode ser individual, em grupo ou familiar. Por isso, não existe um prazo especifico para alta”, informou.
Para o secretário adjunto de Epdemiologia, Robson Sarmento, o evento que trata de drogas e alcoolismo tem um papel fundamental na parceria de sua pasta com a saúde mental para trazer prevenção e orientação aos munícipes. A palestrante Zenaide Cadette destacou que Belford Roxo tem uma taxa de óbito por Aids maior que a do Rio de Janeiro. “Ano passado, fizemos um trabalho no município em que visitamos com o programa IST todos os Cras implementando o preservativo e orientando as famílias de que a prevenção é o melhor caminho, pois muitas pessoas procuram as unidades de saúde quando já contraíram a doença. Esse ano planejamos fazer de novo”. Zenaide informou também que, atualmente, mais de mil pacientes tomam remédios antirretroviral na cidade e que os principais casos são de sífilis, condiloma (infecção causada pelo vírus HPV) e HIV. “São realizados testes nas policlínicas e a partir do resultado, os pacientes são encaminhados ao Caps”, finalizou.
Pai de um paciente do Caps Ad, Vicente de Paulo, 71 anos, é só elogios ao atendimento e tratamento do centro. “Eu não sabia que existia o Caps Ad, só tive conhecimento após meu filho ser encaminhado para lá. Estou muito satisfeito com os funcionários que dão toda a assistência. E meu menino está indo muito bem, tomando os remédios que eu busco no centro”, disse. O evento também contou com a participação da psicóloga Quênia dos Santos e das coordenadoras Angélica Porto e Maricelia Ezequiel. Atualmente, o município conta com três Caps, sendo eles o Caps AD (Álcool e Drogas), Capsi (infantil) e Caps 2.