A Prefeitura de Belford Roxo marcou presença no último final de semana na 17ª Semana Nacional de Museus, realizada pelo Museu de Etnologia Afro Odé Gbomi, em Nova Iguaçu. A atividade contou com a presença do secretário e da secretária adjunta de Cultura de Belford Roxo, Bruno Nunes e Renata Aleixo, respectivamente, e do presidente da instituição, Antônio Montenegro, que apresentou o acervo completo através de uma visita guiada.
Uma roda de conversa com professores da UFRJ, IFRJ de Nilópolis, UFRRJ, sociedade civil e convidados discutiu sobre a lei 10.639, que determina o ensino da história e cultura afro-brasileira nas escolas. Outro ponto abordado foi para firmar um compromisso de lutar pela criação de um museu e de uma biblioteca afro em Belford Roxo. “Convidamos os representantes do poder público de Belford Roxo visando à abertura de uma porta para podermos falar sobre africanidade dentro das escolas, uma vez que a cidade é a com a maior população negra da Baixada Fluminense”, destacou Montenegro.
Bruno Nunes falou da importância do museu para a Baixada Fluminense, que há 11 anos é reconhecido pelo Governo Federal, através do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), contendo peças com mais de três mil anos no acervo. “Essas peças contam uma importante fase da nossa história e por isso é fundamental ser preservada e passada para as gerações seguintes. Há cerca de dois anos e cinco meses estamos desenvolvendo em Belford Roxo diversos seminários, fóruns, campanhas educativas e oficinas, com o objetivo de enaltecer a cultura afro e combater o intolerância racial e religiosa na região. E é graças a esse trabalho que hoje somos o município com o menor registro de intolerância da Baixada”, afirma o secretário de Cultura.
Após o encontro, a Secretaria de Cultura de Belford Roxo propôs a realização de um seminário em comemoração ao Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americano e Caribenha, celebrado todo dia 25 de julho. “Também estamos trabalhando para abrirmos na sede da Secretaria de Cultura um espaço que conte a história do negro no Brasil, através de peças e livros. Nossa meta é desenvolver ainda, através de uma parceria com a Secretaria de Educação, um seminário contando a história da África no Brasil, para todos os professores da rede. Dessa forma nós vamos capacitar os professores com conhecimento para que eles transmitam informações para os alunos, de forma que se tornem cidadãos empoderados”, concluiu Bruno Nunes.