A equipe de Saúde Mental de Belford Roxo, juntamente com os estagiários de enfermagem da Universidade Estácio de Sá, tornou a terça-feira (19) dos pacientes do Capsi (Centro de Atenção Psicossocial Infantojuvenil) prazerosa e divertida. O motivo foi a realização de uma festa junina onde viveram momentos de descontração, interação e entusiasmo, participando de quadrilha, jogos e comendo as guloseimas típicas. Com o “Arraiá do Capsi”, o objetivo foi de resgatar a autonomia dos pacientes, promover o vínculo familiar e a interação social, fazendo assim uma terapia divertida.
De acordo com a diretora do Capsi, Angela Flores, o arraiá ajuda a socializar um público que na maioria das vezes é excluído. “A maioria dos nossos pacientes são autistas e sentem dificuldade em interagir. Esta festa favoreceu a socialização com os outros pacientes e fez eles buscarem sua autonomia, ao correr atrás das brincadeiras e prendas. Essa é uma maneira deles se desenvolverem mais. Agradeço ao diretor de saúde mental, Paulo Patrocínio, ao secretário de Saúde, Vander Louzada e ao prefeito Waguinho por tornar essa e outras ações possível”, disse a diretora que ainda informou que a unidade possui 300 usuários em seis horários diferentes.
O professor do estágio de saúde mental da Estácio de Sá, Bruno da Silva, representou os demais professores, Michel, Julio, João e Bruno, no evento. “Quando os estagiários conheceram as crianças do Capsi tiveram logo a ideia da festa junina. Se organizaram, realizaram uma campanha na faculdade e levantaram doações de brinquedos, material de pintura e comidas típicas. O evento é importante para estimular a interação social, inclusão do portador de transtorno mental na sociedade e também para o fortalecimento da saúde mental e para os profissionais que atuam na área”, informou Bruno.
O adolescente Richard Wanderson, 17 anos, está a dois anos fazendo tratamento no Capsi. Sua mãe, Thaís dos Santos, 35, gosta muito da unidade e já percebeu a evolução do menino. “Meu filho tem autismo com esquizofrenia. Fomos parar no Capsi por encaminhamento médico. Ele era muito fechado, chorava muito e vivia isolado. Agora percebo uma mudança no comportamento dele, desde conversar mais, até em participação de atividades”, disse Thaís.