Em março deste ano, a pandemia do coronavírus entrou com toda força no Brasil, mudando drasticamente o ritmo de vida das pessoas. Um dos setores mais atingidos foi a Educação, pois milhões de alunos ficaram sem aulas. Em Belford Roxo, cuja rede municipal tem cerca de 45 mil estudantes, a Secretaria de Educação criou, inicialmente, o projeto Baú Educativo, que inclui uma série de atividades pedagógicas virtuais, sem contar como carga horária. Com o aval do Conselho Nacional de Educação e do Conselho Municipal de Educação, as aulas on-line passaram a contar de maio a dezembro – como dias letivos.
O secretário de Educação, Denis Macedo, avaliou como importante as aulas on-line, destacando que todas as disciplinas precisam ser contempladas para que cheguem a todos os alunos através das redes sociais. “Estamos passando por um momento conturbado por causa do coronavírus. As aulas on-line possibilitam que os alunos não estejam ociosos em casa ou nas ruas. Este contato com a escola é fundamental”, avaliou. “Muito legal essa interação. Mesmo no distanciamento aprendemos que educação pode ser multiplicada pelas possibilidades de contatos virtuais e a emoção é perceptível quando vem o retorno e os depoimentos“, completou a secretária adjunta de Educação da área pedagógica, Eneila Lucas.
Segundo a Secretaria, todos os profissionais das escolas estão envolvidos e trabalhando remotamente por ano de escolaridade e em todas as modalidades; o que faz esse contato direto via WhatsApp da escola com os responsáveis. Acredita-se que cerca de 80% dos profissionais participaram ativamente com ações metodológicas de acesso e aprendizagem. Através do whatsapp e Facebook os professores orientam ou enviam as atividades e os alunos podem fazem adequando a disponibilidade em casa. Ainda há o recurso do livro didático que foi distribuído. Os professores indicam as páginas para os alunos. Os alunos com dificuldade de acesso à internet também podem buscar o material impresso na escola, podendo assim acompanhar todas as atividades.
Baú educativo
Através da #baueducativobel, os alunos participam de uma série de atividades enviadas por grupos de transmissões. Os estudantes têm acesso online a histórias, vídeos, links, reportagens, desafios, orientações, estudos dirigidos, jogos e brincadeiras.
A Secretaria elaborou ainda o projeto “Matemática é minha Geografia e História” para que todos os professores de 4 e 5 ano o utilizassem como atividade de formação não presencial, elaborando assim um projeto integrado para suas turmas.
Para um debate mais didático sobre o coronavírus foi criado o Projeto Covid 19, que discute como vírus entrou rapidamente no Brasil. Nas aulas sobre a doença, os alunos aprendem a interpretar dados estatísticos apresentados em tabelas e gráficos; realizar pesquisas envolvendo os cuidados com a doença; e produzir textos com o objetivo de sintetizar conclusões contidas nos gráficos.
Mãe de um aluno da Escola Municipal Julieta Rego do Nascimento, Luana Góes destacou que o coronavírus pegou a todos de surpresa, mas as aulas on-line são fundamentais para manter em atividade os alunos. “Meu filho não está tendo dificuldade para acompanhar as aulas”, finalizou Luana.
Projeto da Educação Especial une famílias e profissionais
A Divisão de Educação Especial em parceria com a Divisão de Reabilitação vem oferecendo acolhimento, orientação sobre o tema do Transtorno do Espectro Autista, como também, sobre a COVID-19. A Secretaria destaca a importância de resgatar a autoestima, o autocuidado e o autocontrole das mães (ou responsáveis) durante esta pandemia para que possam e auxiliar os seus filhos da melhor forma possível, informando-os sobre as mudanças que estão acontecendo no mundo.
Neste período, a Secretaria de Educação está realizando o “Projeto Família, Profissionais e Belford Roxo em Ação” através do WhatsApp. Semanalmente, durante uma hora são exibidos vídeos explicativos de cada tema abordado. Além disso, os trabalhos são complementados e reforçados com envios de áudios, mensagens e imagens. “Isso sem contar que foi sugerido a construção de uma rotina prazerosa e diversificada para que o aluno não fique tão ocioso e possa ser funcional participando das atividades que favoreçam a estimulação das habilidades de práticas de vida independente para que possamos vislumbrar a autonomia e uma melhora na interação familiar”, destacou Denis Macedo.
Além disso, o projeto visa capacitar o professor de Atendimento Educacional Especializado (AEE), professor de turma regular, estimulador materno infantil e ter uma articulação com os profissionais da saúde para elaboração do Planejamento Educacional Individualizado (PEI).