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‘Capsi é saúde com alegria’ mostra novas formas de interagir e socializar

Mente sã, corpo são. A Prefeitura de Belford Roxo realizou, na Vila Olímpica, o evento “Capsi é saúde com alegria”. O evento contou com a participação das Secretarias de Saúde, Esporte e Lazer, Meio Ambiente, Educação, entre outras do município de Belford Roxo. O objetivo da ação foi promover a interação e desenvolvimento cognitivo das crianças com patologias. Os frutos da iniciativa são as novas formas de interagir e socializar na vida comunitária, por meio de brincadeiras e atividades lúdicas.

O secretário municipal de Saúde, Christian Vieira, destacou que o evento foi mais uma oportunidade de as crianças do Capsi (Centro de Atenção Psicossocial Infantil) interagirem ainda mais com os profissionais da unidade e familiares. “Esse fortalecimento de laços é importante para avançarmos no tratamento”, resumiu.

A secretária executiva de Políticas Públicas da Saúde Mental, Cláudia Polycarpo, frisou que a equipe do Capsi desenvolve um trabalho exemplar com as crianças. “Há atividades adaptativas para os pacientes. Dentro do Capsi trabalhamos de maneira intersetorial. É um trabalho interdisciplinar, que é apropriado para desenvolver, ampliar e resgatar o lúdico dentro da vida. Apesar de todo o preconceito, estamos mostrando que eles interagem, brincam e são felizes como qualquer criança. No Capsi, todos são heróis”, finaliza Cláudia Polycarpo.  

Isolamento social

Para Leilane Ribeiro, estudante de Enfermagem, o encontro pode ser fundamental a longo prazo devido às consequências da COVID-19. “Às vezes as mães e os pais não têm tempo e aqui elas podem exercitar o convívio. Isso é importante porque a pandemia tirou tudo delas. Têm crianças com acesso à internet em casa e facilitou um pouco. E há aquelas que não tem”, frisa Leiliane. Com a volta às aulas, as dificuldades nos relacionamentos acentuaram-se devido ao longo período de isolamento social.

Com a participação dos responsáveis, as crianças receberam orientações para o autocuidado. Esse foi o caso do estudante Luan Paz, que atuou como voluntário. “Estamos instruindo os pais para que eles possam fazer uma higienização melhor com os seus filhos, para evitar a cárie e as doenças que a cárie possa proporcionar”, explicou Luan. O trabalho em conjunto tem a necessidade de acompanhamento.  “Não adianta nada instruir as crianças, e ao chegar em casa os pais não conseguirem colaborar”, conclui Luan.

A pedagoga Angela Flores faz parte do projeto que busca desenvolver a interação e a criatividade dos pequenos. “Criamos um projeto chamado super humanos, onde eles estão percebendo que todos nós temos um pouco de herói quando a gente pratica as coisas boas”, argumenta. Ao falar sobre o preconceito a profissional revela. “As crianças do Capsi  são rotuladas pela sociedade por causa do transtorno. A nossa tarefa é proporcionar a eles o mundo da inventividade, da infância, porque toda criança precisa brincar, criar, se estimular”, explica Angela.

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