Mais informação, menos preconceito. A Prefeitura de Belford Roxo, através da Secretaria Municipal de Saúde, realizou na quinta-feira (13-04) a 1ª Caminhada da Conscientização do Autismo, na Vila Olímpica. O evento reuniu pais, filhos e profissionais da saúde e educação no município para celebrar o Dia Mundial do Autismo, criado pela Organização das Nações Unidas (ONU) no dia 02 de abril de 2017.
O espaço contou com três tendas que se complementaram no evento. Uma delas mostrou os projetos de lei e legislação sobre o autismo, outra apresentou questões sobre autismo, puberdade e saúde bucal, e o terceiro ambiente com um painel temático para o público criar conteúdo e registrar o evento. Todo o local foi decorado com balões azuis, e em frente das tendas foram realizadas diversas atividades educativas, sensoriais, lúdicas, musicais e motoras. Pais, filhos e profissionais envolvidos levaram faixas e cartazes sobre o Transtorno do Espectro Autista (TEA).
O secretário municipal de Saúde, Flávio Gonçalves, destacou a importância do evento. “Estamos promovendo ações no mês azul em alusão ao TEA, para conscientizar, ensinar e buscar melhorias para a saúde das crianças autistas e suas famílias”, frisou. “Seguiremos capacitando os profissionais e pais para que a integração seja feita com sucesso, oferecendo qualidade de vida com um atendimento acolhedor e inclusivo”, finalizou Flávio.
A psicóloga do Centro de Atenção Psicossocial Infantil (CAPSI) de Belford Roxo, Kátia Rosa, foi uma das responsáveis pela organização. “Nosso intuito é de propagar e dar visibilidade ao movimento, conscientizando e apresentando detalhadamente a complexidade do tratamento vitalício dos indivíduos com autismo”, comentou. “Lidamos diariamente com a diversidade do autismo e precisamos levar conhecimento, reconhecimento, respeito e inclusão para todos”, completou Kátia.
Preconceito e falta de informação
A moradora do Barro Vermelho, Cristina Ramos, 47 anos, participou da ação com o filho Davi de Oliveira, de 7 anos. “É muito importante prestigiar eventos especiais que ajudam nessa troca de experiências com respeito e apoio. Ainda há muito preconceito e falta de informação sobre os indivíduos com TEA, é preciso continuar a garantir os direitos deles”, afirmou Cristina.
O morador do Cantão, Rogério Ramos, 42 anos, e o filho Antony Ramos, 7, se divertiram no evento. “Eu só entendi o que era autismo depois que tive o meu filho com TEA. Ele é muito criativo, inventivo e inteligente. Trabalho com carros e todo dia ele me ajuda de alguma forma”, revelou Rogério. “Eu gosto de pintar, brincar e estou me divertindo. Como é bom ser criança”, acrescentou o pequeno Antony durante a realização de uma das atividades lúdicas.
Avanços nos últimos anos
O diagnóstico do Transtorno do Espectro Autista (TEA) depende de uma avaliação técnica e o tratamento é multidisciplinar e deve acompanhar a necessidade de cada paciente. Para os especialistas, quando mais cedo o diagnóstico, melhores são os resultados. “É de extrema importância que o diagnósticos precoce. E muitos avanços aconteceram nos últimos anos. Tanto que, no início das pesquisas, havia uma prevalência de Autismo em meninos. Por isso, o ‘Abril Azul’ (mês de Conscientização do Autismo). Atualmente, há todo um conhecimento sobre o Autismo entre as meninas”, concluiu a diretora municipal da Divisão de Reabilitação da Saúde, Lidiane Sagawe Lidiane Sagawe.
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), uma em cada 44 pessoas tem algum grau de autismo. O autismo é caracterizado principalmente por dificuldades no desenvolvimento da comunicação e na interação social.
Estiveram presentes também, a secretaria municipal de Assistência Social, Cidadania, da Mulher e do Combate à Fome, Brenda Carneiro, o secretário municipal de Esporte e Lazer, Bruno Nunes, e o presidente do Conselho Municipal de Saúde, Davi Calado.