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Secretaria de Assistência Social de Belford Roxo faz palestra sobre Família Acolhedora

A Secretaria Municipal de Assistência Social, Cidadania e Combate à Fome (Semascf) de Belford Roxo deu início à divulgação de um tema, ainda pouco conhecido pela população: o acolhimento familiar de crianças e adolescentes. O evento foi realizado no Teatro da Cidade, no bairro Piam. Para discutir o assunto, a Semascf, através do Departamento de Proteção Especial, promoveu uma palestra, aberta ao público em geral. O tema foi: Família Acolhedora, o Impacto Familiar e as Funções da Família e do Estado na Sociedade Contemporânea.

 O evento contou com a participação da secretária de Assistência Social, Cidadania e Combate à Fome, Clarice Santos; a superintendente de Cidadania e Combate à Fome, Carla Fernandes; gestora de Proteção Especial, Tamiris Almeida; a coordenadora do Serviço Família Acolhedora da Semascf e assistente social Rosângela Pedra; subsecretário Executivo de Assuntos Religiosos, Levingston Timóteo e os palestrantes Lindomar Darós (psicólogo), psicóloga Priscila Rocha da Casa do Menor São Miguel Arcanjo e da assistente social da Prefeitura de Cabo Frio e representante do Fórum Estadual do Serviço Família Acolhedora, Bruna Cabral (palestra online).

Afeto Familiar

De acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) a medida protetiva de acolhimento, institucional ou familiar é sempre excepcional e provisória, ou seja: a família que acolhe tem que ter consciência que é uma convivência temporária. “Confesso que não conhecia o serviço. Ao tomar conhecimento achei doloroso introduzir uma criança ou adolescente em sua família, se apegar e depois ter que devolver. Mas hoje, sei o quanto é importante, pois o acolhimento é uma preparação desse indivíduo para o seu futuro. E contemplá-lo de amor é maravilhoso”, disse a secretária municipal de Assistência Social, Cidadania e Combate à Fome, Clarice Santos.

O Serviço de Acolhimento em Família Acolhedora (SFA) é uma modalidade que visa oferecer proteção integral às crianças e adolescentes que precisam ser afastados temporariamente de sua família de origem ou extensa por medida de proteção. O acolhimento deve ser a última medida para garantia dos direitos de crianças e adolescentes, após se esgotarem as outras possibilidades de apoio à família de origem pela rede de serviços. Em palestra online, a representante do Fórum Estadual do Serviço Família Acolhedora, a assistente social Bruna Cabral destacou a importância do evento: “Precisamos desconstruir a cultura de que a família não precisa amar a criança ou adolescente que acolheu. Se teve afeto, é porque deu muito certo”, afirmou.

Apoio Religioso

A coordenadora do evento, a assistente social Rosangela Pedra está entusiasmada com a arrancada do município, tomando a frente do assunto. “Nossa intenção é captar e sensibilizar famílias para integrar esse processo social. Estamos em contato com lideranças religiosas de cultos afros, evangélicos e católicos, pois têm ações muito próximas às famílias”, declarou. A psicóloga Priscila Rocha, que há décadas trabalha com crianças e adolescentes na instituição Casa do Menor São Miguel Arcanjo, assegurou: “Até mesmo as mais novinhas, toda criança tem sentimento. É no seio familiar que elas aprendem a se socializar”.

 Já o palestrante Lindomar defendeu a qualificação de profissionais atuando no serviço de acolhimento. “Além de obedecer o ECA, é importante que o trabalho de encaminhamento de crianças e adolescentes ao acolhimento seja feito por profissionais da área e que os órgãos responsáveis estejam atentos à remuneração de direito dessas pessoas.  É um trabalho que deve ser levado muito a sério”, assegurou Lindomar, que é doutor pelo Programa de Pós-Graduação em Políticas Públicas e Formação Humana (PPFH) da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), mestre em Psicologia Social pela Universidade Gama Filho (UGF)  e graduado em Psicologia pela Sociedade Educacional Fluminense (Seflu).

Família que acolhe

Moradora do Bairro Jardim Alvorada, em Nova Iguaçu, Ana Cristina Soares do Rosário não hesitou em participar do evento em companhia de sua filha Isabel, 20. Ela, a filha e o marido participam do Serviço de Família Acolhedora desde 2019. Já realizaram quatro acolhimentos em casa. “Tudo começou porque minha filha queria ter irmãos. Procuramos a Secretaria de Assistência Social da Prefeitura, conhecemos o serviço e nos encantamos. Ao contrário do que dizem, o processo não é doloroso e nem assustador. Tanto a chegada como a despedida são importantes. Nós temos muita fé”, garante.

“São muitas experiências e de cada uma a gente aprende mais”, salienta Isabel. “Uma ocasião acolhemos um casal de irmãos. O menino ainda era um bebezinho, tinha apenas dois meses e a sua irmã, três aninhos. Foi uma relação de tanto amor, da minha família, dos nossos parentes e amigos. Hoje sou madrinha do Thaylor (bebezinho). Ele está com quase dois aninhos. Outro dia na igreja, reencontrei um outro menino que conviveu com a gente. Ele estava com a família, mulher e filho. Foi uma emoção maravilhosa. Não tem preço”, contou Isabel.–

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