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“Allah-la-ô ôôôô. Mas que calor ôôôôô”. A antiga marchinha de Carnaval estava entre as mais cantadas no bailinho entre os usuários do Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (SFCV) do Centro de Referência de Assistência Social (Cras) do Bairro Wona, em Belford Roxo. O evento promovido pela Secretaria Municipal de Assistência Social e Cidadania (Semasc) aconteceu na manhã de hoje (27/2) e também em cinco, dos 13 equipamentos mantidos pela prefeitura.
“Encontramos os Cras em situação de abandono, com muitos problemas e sem condições de uso. O encontro para festejar a chegada do Carnaval significa também o resgate da dignidade de todos os usuários. Assistência social não é custo. É investimento. O prefeito Márcio Canella e a vice Mariana Malta priorizam o bem-estar da população”, disse o secretário municipal de Assistência Social, Diogo Bastos.
Mensagem de alerta estampadas
Acompanhado do secretário municipal de Comunicação Social, Marcos Paulo, Diogo Bastos distribuiu ventarolas aos participantes. O adereço para amenizar o calor, tem mensagem de alerta estampadas sobre a exploração infantil: “Neste Carnaval, proteja a infância do trabalho infantil. Criança tem direito a brincar, estudar e viver a infância com dignidade. Denuncie qualquer caso de trabalho infantil. Procure o Conselho Tutelar ou disque 100”. As ventarolas foram ainda distribuídas no centro da cidade, através da equipe da Assistência Presente.
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“Foi através de uma ação dessas que conseguimos encaminhar uma mãe para denunciar o estupro que a filha vinha sofrendo há cinco anos. Essa senhora não sabia onde recorrer e o que fazer. Ela nos procurou e relatou o episódio criminoso”, destacou o secretário Diogo.
Folia no Cras do Wona com DJ
Além da animação, o baile do Cras Wona teve até DJ, o instrutor de dança do salão, Josemar da Silva. Quando colocava para tocar as marchinhas carnavalescas mais antigas, o canto ecoava nas salas. “Ah, lembrei dos velhos tempos. Muito bom todos se divertindo juntos. Como me diverti”, assegurou a usuária Jerusa Ribeiro de Assis, 68, frequentadora do Cras há quatro anos.
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Aos 51 anos, Sulamita Rodrigues Jorge da Silva não hesitou e improvisou uma fantasia de mulher gata para se divertir. Ela frequenta o Cras junto com a mãe, Josnia Rodrigues Jorge, 71 anos. “Demos os braços e caímos na folia, cantando e dançando muito”, afirmou. Também radiante estava a coordenadora do Cras, Rose Souza, 46. Pós-graduada em Gestão de Pessoas, ela denominou o evento de Baile da Alegria. “Muito gratificante ver o equipamento novamente funcionando e seus 33 usuários felizes”, declarou. Os bailes aconteceram nos Cras de Areia Branca, Wona, Vale do Ipê, Babi e o Núcleo de Atenção à Pessoa Idosa (API/Babi).
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