A cidade de Belford Roxo é campeã e vice-campeã em Karatê pelo campeonato World Karate-do Traditional Confederation, disputado com mais outros cinco países, e campeã da Baixada Fluminense no Open de Jiu-Jítsu. Os responsáveis por isso são os jovens Luiz Gabriel Souza Pires e Marcio Antony Correa, ambos com 13 anos e moradores de Nova Aurora, que treinam no núcleo 28 do PELC (Programa Esporte e Lazer da Cidade) sob o comando do professor Antônio Marcio Queiroz.
Toda às terças e quintas-feiras, Luiz Gabriel treina karatê junto com Marcio e depois faz aulas de jiu-jítsu. Campeão mundial de 2018 em Kumitê, terceiro colocado em Katar e campeão da Baixada Fluminense em jiu-jítsu, Luiz Gabriel disputou a categoria de 11 a 12 anos. Com a faixa verde em sua cintura na modalidade do Karatê e a amarela em jiu-jítsu, o garoto pretende seguir a carreira de lutador. “Comecei a treinar karatê aos sete anos. Depois me apaixonei pelo jiu-jítsu, pois sempre via as aulas depois do karatê. Sempre tive o incentivo da minha família. Meu irmão mais velho chegou a treinar, mas parou. Ele que me inspirou a praticar as artes marciais, pois sempre tinha que acompanhá-lo nas aulas para não ficar sozinho em casa. No futuro, me vejo lutando em campeonatos importantes e crescendo cada vez mais”, ressaltou.
Já Marcio Antony, treina desde pequeno. Filho do professor Antônio Marcio, o menino disse que engatinhava pelo tatame. “Fui crescendo e comecei a imitar os movimentos de meu pai. Já cheguei a treinar taekwondo e jiu-jítsu, mas eu gosto mesmo é do karatê. Estou com a faixa roxa no momento. No futuro, me vejo grande no karatê. Eu gosto de treinar e quero ser igual ao meu pai, apesar dele sempre falar que eu preciso ser melhor que ele”, disse Marcio, que é vice-campeão em Katar e Kumitê no mundial de 2018.
Ajuda ao corpo
Faixa preta e sexto dan em karatê, faixa preta e segundo dan em taekwondo e faixa marrom em jiu-jítsu. Toda essa bagagem foi construída em 32 anos de muito treino do professor Antônio Marcio, que começou aos oito anos de idade. “Como eu não sabia jogar futebol, precisava praticar outro esporte. Tentei capoeira, mas não sabia gingar. Depois passei pelo kickboxing e foi quando eu conheci o karatê e vi a necessidade de aprender outras artes marciais, como o Taekwondo, judô e jiu-jítsu”, informou. O professor nota um certo desinteresse da juventude em praticar atividades físicas. “Deveriam procurar, principalmente porque ajuda fisicamente o corpo evitando problemas de saúde”.
Antônio Marcio ainda afirmou que seus alunos alcançaram coisas que ele não teve oportunidade, como o mundial. “Quero ajudar muito mais crianças que vivem em situação carente. Quando eu era mais jovem, precisei catar papelão e vender latinha para pagar a academia. Fico feliz que meus alunos estejam superando minhas expectativas”, finalizou.
A Vila Olímpica, situado na Rua Lecílio, s/n, bairro Nova Piam, oferece aulas de karatê e jiu-jítsu, às segundas, terças, quartas e quintas-feiras. Para se inscrever é necessário comparecer à vila das 7h às 21h, munidos de identidade, comprovante de residência e atestado médico. Caso o interessado seja menor de idade, são necessários também os documentos do responsável.