O Capsi (Centro de Atenção Psicossocial Infantojuvenil) de Belford Roxo realizou nesta quinta-feira (19-12), na praça de alimentação do Carrefour, Centro, uma cantata de natal. O evento faz parte do projeto “Loucos por Arte”, que está em sua segunda edição. Ao todo, 150 crianças e adolescentes apresentaram a música “Vem que está chegando o Natal” e “We will rock you”. Além disso, trabalhos de artes foram expostos. Uma apresentação musical autoral “amigos” e um dueto de um técnico com uma paciente fizeram parte do evento. A unidade funciona na Rua João Fernandes Neto, 920, Centro, de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h.
De acordo com a diretora da unidade, Ângela Flores, os jovens estavam bastante animados e ansiosos para as apresentações. “Eles se envolveram tanto que tivemos uma música autoral. No geral, nossos pacientes têm transtornos severos. Trabalhar com essas atividades de interação social e descobrir novos potenciais através das artes é maravilhoso e faz muito efeito no quadro evolutivo deles”, explicou Ângela. “Comemorar o Natal para nós é um momento de união e respeito com nossos pacientes, pois também faz parte de um processo terapêutico com o envolvimento de profissionais e familiares”, completou o diretor de saúde mental do município, Paulo Patrocínio.
Rosania dos Santos, 41 anos, foi até o local da apresentação com o seu filho autista Leonan Daniel dos Santos, 4, que faz tratamento no Capsi desde um ano de idade, para prestigiar as outras crianças e elogiou os funcionários da unidade. “Tem uma funcionária que conquistou meu filho e quando ela não está, ele fica desesperado atrás dela. Os profissionais de lá sempre me orientam tanto quanto documentação, quanto tratamento”, disse Rosania.
Maria da Penha Duarte, 66, avó do jovem também autista Igor Gonçalves, 19, afirmou que o tratamento está sendo muito bom e a evolução do neto é notória. “Ele está no Capsi há dois anos e gosta muito de ir. Para a apresentação de natal o Igor estava tão ansioso que nem dormiu. Esses são ótimos momentos de interação”, explicou Maria da Penha.