Transformando o município mais seguro para as mulheres. A Secretaria Executiva de Epidemiologia, através da Gerência de Prevenção à Violência e Cultura de Paz, realizou uma apresentação dos noventa dias de atividade da sala multiprofissional (Sala Lilás) implantada no Hospital Municipal de Belford Roxo.
A Sala Lilás é um espaço criado para prestar atendimento especializado e humanizado às mulheres vítimas de violência física e sexual. Ao longo dos noventa dias de atividade, a sala atendeu 67 casos, com registros de violência física e psicológica, sexual, tentativa de suicídio, tortura e negligência.
Na apresentação estiveram presentes: representantes das secretarias de Educação, Assistência Social, a coordenadora do Ciam Baixada, Sônia Lopes, o chefe de investigação da Delegacia de Atendimento à Mulher de Belford Roxo, Alexandre Ferraz, a secretária municipal do Programa de Atenção Integral à Saúde da Mulher, Criança e Adolescente (Paismca), Cristiane Borges, além de profissionais do Conselho Tutelar e dos equipamentos do município.
Redes de atendimento
A diretora do Centro Especializado de Atendimento à Mulher de Belford Roxo (Ceambel), Ana Cristina de Souza, destacou a importância do encontro. “Reunimos todos que fazem parte dessa integração de rede que é fundamental para dar suporte à mulher. Temos na Sala Lilás, um espaço acolhedor, com ambiente destacado e prioridade no atendimento. Recebemos essas vítimas no Ceambel, onde monitoramos e atuamos para proteger e amparar essas mulheres”, ressaltou. “Queremos fortalecer essa articulação dos equipamentos e órgãos parceiros que promovem o acolhimento necessário, com o objetivo de reforçar o nosso combate à violência e possibilitar o acesso dessas mulheres às redes de atendimento”, finalizou a diretora.
A gerente de Prevenção à Violência e Cultura de Paz de Belford Roxo, Cristina Macedo, pontuou sobre os atendimentos prestados. “Nossa proposta é apresentar resultados e discutir os avanços e melhorias da Sala Lilás. Agimos de forma integrada no município, fortalecendo a rede que está sempre à disposição da mulher”, explicou. “O desafio agora é ampliar esse serviço em outras unidades de emergência para conseguirmos fornecer esse acolhimento e escuta personalizada para mais mulheres, através da nossa equipe multidisciplinar com assistentes sociais, psicólogos e enfermeiros”, completou Cristina.
O encontro está inserido na campanha anual dos “16 dias de Ativismo pelo Fim da Violência Contra as Mulheres”, uma mobilização mundial que abrange o período de 20 de novembro a 10 de dezembro no Brasil. O objetivo é dar visibilidade ao tema e ampliar os conhecimentos sobre os dispositivos legais existentes e como auxiliar as mulheres que sofrem essas violências, esclarecendo sobre as formas de violência doméstica, os direitos das mulheres e a necessidade da equidade de gênero.