No próximo dia 20, quinta-feira, das 13h30 às 16h, o Centro de Atenção Psicossocial Infanto-Juvenil (Capsi) de Belford Roxo vai promover a exposição “Loucos Por Arte- Ana Cristina”. O evento, promovido pela Secretaria de Saúde, através do Programa de Saúde Mental vai acontecer na sede do Capsi, na Rua João Fernandes Neto, 920, no Centro e nasceu quando a equipe multidisciplinar do centro assistiu ao filme ”Nise da Silva o coração da loucura” indicado pelo diretor de Saúde Mental de Belford Roxo, Paulo Patrocínio, em uma reunião de equipe técnica (estudo de casa). O filme inspirou e uniu os profissionais, pacientes e familiares que lutam pela humanização do tratamento em saúde mental.
O objetivo do projeto é promover aos participantes a autonomia de se expressar da maneira que gostariam, seja pela pintura, desenho, releituras de mestres consagrados da pintura como: Monet, Romero Brito, Cezanne, Tarsila do Amaral, entre outros. Os usuários também se expressam no campo da música e ciência.
Segundo Paulo Patrocínio, as crianças participam de várias oficinas como de desenhos livres com giz de cera, pinturas em papel com aquarela, madeira e em telas. “Resolvemos apresentar o trabalho desenvolvido por elas à população e a seus responsáveis”, explicou o diretor de Saúde Mental. Segundo ele, os desafios encontrados são muitos. Além da patologia, nos deparamos com a discriminação e a exclusão social, mas cada usuário supera a cada dia suas limitações”, disse Paulo.
Segundo a diretora técnica do Capsi, Angela Flores, os profissionais sentiram a necessidade de ter um ambiente acolhedor, alegre e propício à integração humana. “Então organizamos um projeto terapêutico, respeitando a necessidade de cada paciente, empregando a arte na promoção da saúde mental. Hoje o CAPSI – Zaira V. Bichieri recebe cerca de 300 usuários mensais, sendo uma média de 150 crianças inseridas neste projeto, que teve início em agosto. A nossa intenção é de atingir a todos os usuários”, ressalta a diretora. O Capsi de Belford Roxo atende usuários entre 3 a 25 anos, em sua maioria autistas (TEA), esquizofrênico e com retardo mental. Aprendemos com este projeto e com Nise da Silveira que a expressividade e o afeto constituem elementos transformadores no tratamento da saúde.