A Secretaria de Saúde de Belford Roxo, através do Programa de Atenção Integral à Saúde da Mulher, Criança e Adolescente (PAISMCA), convocou uma reunião intersetorial para discutir as ações para a Semana Nacional de Prevenção da Gravidez na Adolescência (1 a 8 de fevereiro). Secretários e técnicos de outros setores tiveram a oportunidade de sugerir e opinar sobre possíveis ações. A primeira dama do município e deputada federal Daniela do Waguinho foi convidada para o bate-papo.
A taxa de gestação na adolescência no Brasil é alta para a América Latina, com 400 mil casos por ano. Dados do Ministério de Saúde mostram que em 2014 nasceram 28.244 filhos de meninas entre 10 e 14 anos e 534.364 crianças de mães com idades entre 15 e 19 anos. A lei que institui a Semana Nacional de Prevenção da Gravidez na Adolescência foi sancionada em 2019. Belford Roxo acredita na importância de falar sobre o tema e criar mecanismos para informar, sensibilizar e fortalecer a rede de proteção de crianças e adolescentes, num processo que envolva a família e também o médico pediatra.
A partir desses dados, a responsável pelo programa, Cristhiane Borges, destacou que a reunião foi pensada para alinhamentos de ações. “Quando falamos em gravidez na adolescência, pensamos logo em planejamento reprodutivo. Acredito nele como uma ferramenta de transformação. Por isso, estamos com a ideia de fazer um trabalho intersetorial de conscientização e informação”, explicou.
Trabalho intersetorial
A primeira dama e deputada federal Daniela do Waguinho é também mediadora e apoiadora da campanha. De acordo com Daniela, essa faixa etária tem que ter uma atenção específica. “Desde 2017 quando fui secretária municipal de Assistência Social e Cidadania entendi a importância do trabalho intersetorial para que o trabalho alcance o maior número de pessoas. E mesmo sendo uma campanha, as ações devem ser permanentes. Já adianto que fiquei chocada com um dos fatores para a gravidez na adolescência ser a desinformação na era da tecnologia. Precisamos nos mobilizar e através do projeto ajudar essas meninas”, destacou.
O público alvo são os adolescentes de 10 a 19 anos da rede municipal de ensino, guarda mirim, CAI – Baixada (Degase), gestantes atendidas nas unidades de saúde, acompanhados pelos Caps, referenciados no Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculo (SCFV), que estejam cumprindo medidas socioeducativas, que participam de projetos na Casa da Cultura e na Vila Olímpica. O objetivo é divulgar informações sobre medidas preventivas e educativas que contribuam para a redução da incidência da gravidez na adolescência, promover e proteger a saúde das adolescentes visando a redução da gravidez não intencional e incentivar a discussão sobre o novo artigo do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).
Participaram da reunião representantes das Secretarias de Saúde, de Segurança Pública, de Esporte e Lazer, de Assistência Social, Cidadania e Mulher, de Comunicação Social, de Cultura, de Educação e integrantes do Grupo Hospitalar Fluminense.