O projeto social literário por trás do livro, foi idealizado pela professora Valéria Assis, que promove encontros e saraus há mais de nove anos com a intenção de inserir os alunos no mundo literário.
Um encontro da ancestralidade com o mundo literário. A Secretaria de Cultura de Belford Roxo recebeu na quinta-feira (10-11) o lançamento do livro “Sarau Afro-Indígena – Primeira Antologia do Projeto Social-Literário Afro-indígena”, na Casa de Cultura, no bairro Nova Piam.
O livro conta com poesias de cento e setenta autores, dentre eles, alunos e professores da rede municipal de ensino da Baixada Fluminense. A obra também possui poesias de escritores convidados do Brasil, Moçambique e Suíça. As poesias foram reunidas pelas escritoras Márcia Ribeiro Joviano, Isabel Cristina, Gonçalves da Silva, Fernanda Lisboa e Ana Paula Cunha.
O projeto social literário por trás do livro, foi idealizado pela professora Valéria Assis, que promove encontros e saraus há mais de nove anos com a intenção de inserir os alunos no mundo literário. “Após a pandemia, voltei a realizar os saraus com força total e reforcei ainda mais a importância da cultura afro-indígena”, ressaltou. “Trazemos a poesia, a culinária e a identidade para os encontros. Quero que todos participantes tenham orgulho da sua ancestralidade”, concluiu Valéria, que aproveitou para lembrar da lei nº 11.645 de 2008 que torna obrigatório o estudo da história e cultura indígena e afro-brasileira nos estabelecimentos de ensino fundamental e médio.
Estiveram presentes o secretário municipal da Cultura, Bruno Nunes, o secretário municipal de Trabalho e Renda, Sérgio Lins, a secretária especial de Assuntos Pedagógicos, Rosângela Garcia. Além de outras autoridades municipais e religiosas, professores, alunos e músicos.
Caravanas da Cultura
O secretário municipal da Cultura, Bruno Nunes, destacou a importância do projeto. “Precisamos valorizar a formação dos alunos e projetos como esse são um divisor de águas em relação a representatividade”, realçou. “Nosso município tem o menor número de casos de intolerância no Estado. Desde 2017, promovemos Caravanas da Cultura, Batalha de Rimas e várias outras ações. Em 2023, vamos fortalecer e expandir os projetos”, completou o secretário.
Durante a cerimônia, alunos recitaram poesias para o público. Estudante da Escola Municipal Manoel Gomes, Guilherme Victor, 16 anos, contou sobre a experiência. “Achei que o livro ficou incrível, fiquei muito feliz e surpreso com a profundidade dos textos dos meus amigos”, frisou. “Precisamos de mais ações assim que incentivam a leitura e conhecimento nas escolas”, afirmou Guilherme.