A Sala Lilás, espaço do Hospital Municipal de Belford Roxo (HMBR) reservado às vítimas de violência, completou um ano nesta quarta-feira (30-08). Para marcar a data, profissionais, colaboradores e autoridades participaram de um encontro onde foram divulgados dados do primeiro ano de funcionamento. Também foram apresentados os desafios, para as áreas de saúde e segurança pública, no enfrentamento da violência da contra as mulheres. Foram 606 atendimentos na Sala Lilás neste primeiro ano, sendo 330 casos de violência física e 75 de violência psicológica. “Temos que considerar a subnotificação dos casos, pois muitas mulheres não buscam os serviços de acolhimento e apoio”, pontuou a coordenadora de Prevenção à Violência e Cultura de Paz, da Secretaria Municipal de Saúde (Semus) Cristina Macedo.
O encontro contou com representantes da Coordenadoria de Vigilância Epidemiológica em Saúde (Cves) e da Divisão de Saúde Mental (DSM) da Semus, das Secretarias Municipais de Segurança Pública, Trânsito, Assistência Social e membros do Conselho Tutelar, além do secretário municipal de Cultura, Robson Sarmento, e da delegada da Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam – Belford Roxo), Ana Carla.
Aumento de notificações
Em sua apresentação, a equipe da Sala Lilás destacou o aumento das notificações de violência nos bairros Heliópolis e Areia Branca. “São bairros próximo do Hospital Municipal (HMBR), onde está implantada a Sala Lilás. Isso indica que a rede precisa ser ampliada para que, nos bairros mais afastados, as mulheres possam ser também acolhidas e direcionadas ao atendimento adequado”, destacou a psicóloga Sheila Schlecz, chefe de equipe da Sala Lilás.
A Sala Lilás do HMBR foi inaugurada em 30 de agosto de 2022, tendo como referência o Agosto Lilás, mês voltado à promoção de iniciativas de combate a todas as formas de violência contra as mulheres. Além da equipe da Semus, a Sala Lilás conta com o apoio da Patrulha Solidária, da Secretaria de Trânsito, e da Guarda Municipal, que ajuda na condução das vítimas aos órgãos responsáveis. “Algumas pessoas estão tão fragilizadas que não têm nem o dinheiro da passagem. É um suporte e um acolhimento necessários nesse atendimento”, completou Cristina Macedo. —