O Centro Especializado em Atendimento à Mulher de Belford Roxo (CEAMBEL), equipamento de combate à violência doméstica, realizou um estudo de caso com o objetivo de alinhar o fluxo de trabalho das mulheres e garantir a qualidade do acolhimento no atendimento delas. Quarenta e oito mulheres foram inseridas (2 de janeiro a 22 de março) para acompanhamento, totalizando 250 atendimentos.
As 48 mulheres passam por acompanhamento com assistente social, psicóloga e jurídico. Caso tenham filhos menores, passam também pela psicopedagoga e retornam. Muitas vezes a psicóloga e a psicopedagoga atendem uma mulher por mais de uma vez.
Os resultados mostraram que a maioria das vítimas atendidas têm entre 30 a 49 anos (54,8%) e têm ensino médio completo (50,7%). A violência psicológica (33,9%) foi o tipo mais comum sofrida, seguida pela física (25,6%). Os principais autores da violência são os ex-companheiros (43,3%) e a etnia que mais sofre é a parda (49,3%). Além disso, foi observado que a presença de crianças no ambiente doméstico estava significativamente associada ao atendimento por violência doméstica.
“Estes resultados ressaltam a importância de identificar precocemente as vítimas de violência doméstica e oferecer o suporte necessário para que possam romper com o ciclo de opressão”, destacou a coordenadora do CEAMBEL, Gabriele Lima.
Prevenção da violência
Nesse sentido, o CEAMBEL desempenha um papel importante na prevenção da violência contra as mulheres, por meio de campanhas de conscientização, palestras e atividades educativas. Além de também fornecer atendimento psicológico, social, jurídico, psicopedagógico para os filhos menores de idade das vítimas e outros serviços de apoio necessários para o enfrentamento da violência doméstica.
“É essencial que as vítimas de violência doméstica saibam que podem contar com o apoio e suporte do CEAMBEL, que conta com uma equipe majoritariamente feminina, para romper com o ciclo de opressão e reconstruir suas vidas. O CEAMBEL é fundamental para todas as mulheres que necessitam de ajuda e proteção diante de situações de violência”, arrematou Gabriele Lima.
—