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Belford Roxo comemora Dia Internacional da Mulher com palestras sobre violência

Dando sequência às comemorações pelo Dia Internacional da Mulher, a Prefeitura de Belford Roxo realizou, nesta sexta-feira (15), na Uniabeu, o evento “Vozes Empoderadas”, que faz parte do “Mês da Mulher”. A atividade contou com a presença do secretário de Assistência Social e Cidadania (Semasc), Diogo Bastos; da secretária Especial da Mulher, Tatiana Ervite; além do presidente e vice-presidente do Comitê de Erradicação de Sub-Registro e Ampliação a Documentação Básica, Jonas Alves e Silvester Brandão, respectivamente.

O público, composto por usuários dos Cras e Creas, lotou o auditório, que reuniu apresentações culturais de usuários dos Serviços de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (SCFV), além de palestras que abordaram os temas “Violência Doméstica Contra Mulher”, ministrada pela titular da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher de Belford Roxo (Deam), Daniele Amorim, e “Todas pela Prevenção da Violência Doméstica e Familiar com a Mulher. O Lema é Todos por Elas”, promovida pela agente da guarda municipal da cidade, Érica Gonçalves.

Diogo Bastos alertou que a atividade tem como objetivo informar, além de tornar os participantes agentes multiplicadores. “Em 2018, tivemos 833 mulheres atendidas no Centro Especializado de Atendimento à Mulher (Ceambel). Identificamos os casos na unidade, através do Programa Patrulha Maria da Penha, desenvolvido em parceria com a Guarda Civil Municipal. Por isso, trouxemos esses temas para que as formas de violência sejam identificadas e como a sociedade deve reagir de acordo com cada situação. Como poder público é nosso dever promover ações que contribuam com a erradicação dos crimes cometidos contra as mulheres”, explicou o secretário.

Durante o evento, duas certidões de nascimento foram entregues para mulheres que não possuíam o registro. Kethelen Aleixo, 17 anos, comemorou a conquista. “Eu era invisível. Estudei até a sétima série através de intervenção do Conselho Tutelar. Minha primeira filha nasceu e eu não pude registrá-la. Era difícil até ir ao médico. Hoje saio daqui e tenho certeza que terei mais facilidade para seguir minha vida”, disse.

A outra certidão foi emitida para uma mulher de 38 anos, que possui deficiência mental e vivia em situação de rua. “Conseguimos em menos de um mês, algo que em 38 anos não foi feito. Identificamos o caso e ao judicializar a ação, resolvemos quase quatro décadas de direitos violados”, concluiu Jonas Alves.

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