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Alunos de escola municipal de Belford Roxo conquistam cinco medalhas em paralimpíadas

“No próximo ano será medalha de ouro!” A frase entusiasmada é do estudante Vitor Daniel, 14 anos, que faturou a medalha de bronze no goalball, nas Paralimpíadas Escolares, realizadas em São Paulo. O evento contou com atletas de diversos estados. Vitor Daniel é aluno da Escola Municipal Manoel Gomes, em Belford Roxo. Mas ele não está sozinho na conquista de medalhas: seu colega de escola, Davi Francisco, 13, não fez por menos e conquistou três medalhas de prata em salto e corrida. Ambos os atletas têm baixa visão.

O secretário municipal de Educação, Denis Macedo, vibrou com a conquista dos alunos e argumentou que Belford Roxo sempre primou pela educação inclusiva. “As conquista do Vitor e do Davi mostram que não há limites para quem estabelece metas, se dedica e, acima de tudo, tem garra para superar os obstáculos. A Educação de Belford Roxo vibra com cada conquista dos nosso alunos. Parabéns ao Davi e ao Vitor, nossos medalhistas”, concluiu.

A diretora da Escola Municipal Manoel Gomes, Carla Luciana de Souza, frisou que ficou surpresa quando soube que Vitor e Davi iriam competir em São Paulo. “As mães avisaram e ficamos felizes. Eles são o nosso tesouro e conquistaram essas medalhas importantes para o município”, resumiu.

Esforço para conseguir a última vaga

Treinando duas vezes por semana na Urece, Vitor Daniel é daqueles atletas que não desanima. Ele começou a estudar no Instituto Benjamin Constant, na Urca e chegou a treinar judô. Mas a sua avó Patrícia Maria ficou doente e ele teve que sair da instituição. Na Urece, Vitor começou a treinar goalball e gostou do novo esporte. “Redobrei os esforços e consegui pegar a última vaga na equipe. Se a minha avó estivesse viva, ela estaria muito feliz. O goalball me deu mais equilíbrio emocional. No próximo ano será medalha de ouro”, garantiu o atleta, que cursa o sexto ano na escola municipal Manoel Gomes.

Orgulhosa do filho, a dona de casa Renata Maria da Silva, 37, contou que o filho sempre teve “instinto” para o esporte. “O Vitor sempre foi muito estressado, mas melhorou com a prática de esportes. Agradeço ao Anderson (Anderson Dias da Fonseca, fundador da Urece) por ter direcionado o Vitor para o goalball. O esporte transforma vidas e meu filho é a prova disso. Não estou me cabendo de tanta felicidade, pois é uma conquista muito importante para o Vitor e toda a família”, finalizou Renata Maria, acrescentando que Vitor nasceu com catarata congênita e depois desenvolveu o glaucoma. “Na Baixada Fluminense temos muitos talentos. O Vítor e o Davi são provas disso. A função da Urece é dar suporte para que os atletas desenvolvam o potencial”, completou Anderson Dias da Fonseca, 43, que é campeão paraolímpico e mora no bairro Shangrilá, em Belford Roxo

Ganhador de três medalhas começou no goalball

Muito espontâneo, Davi Francisco frisou que chegou a treinar goalball, mas não se adaptou. Disposto a continuar a praticar esportes, ele, que já estava no projeto Urece Esporte e Cultura, trocou o goalball pela corrida. “Comecei a treinar corridas e saltos e gostei. Quando soube das Paralimpíadas em São Paulo treinei mais ainda e consegui conquistar duas medalhas em corrida (150 e 160 metros) e uma no salto. Minha família sempre me apoiou”, destacou exibindo as três medalhas conquistadas.

Mãe de Davi, Ângela Francisca, 42, (que tal como o marido é deficiente visual) vibrou com as conquistas do filho. Ela contou que Davi tinha 9 anos quando entrou para a Urece e começou a treinar goalball no Ciep Constantino Reis, em Belford Roxo. E seguida, o menino pulou para corridas e gostou. Ângela conta que Davi nasceu com cegueira e passou por seis cirurgias, mas não conseguiu recuperar a visão, pois teve infecção hospitalar e descolamento de retina. “O Davi é o nosso orgulho. Um menino estudioso e aplicado. A família toda está orgulhosa por ele ter conquistado três medalhas”, concluiu Ângela, que também é mãe de Daniel, 5, e Ana Beatriz, 12

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